
Pará registrou o maior rendimento médio da população nos últimos 13 anos, desde o início da série histórica, em 2012. A tendência de aumento da parcela da população que tem como principal fonte o rendimento originário do trabalho – excluindo-se outras fontes de renda - é observada desde 2021, e manteve crescimento em 2024.
Os dados foram divulgados ontem, 8, pelo IBGE, com base na pesquisa Rendimento de Todas as Fontes 2024, que faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que traz informações detalhadas sobre os rendimentos obtidos pela população brasileira, considerando todas as fontes: trabalho, aposentadoria, pensões, programas sociais, aluguéis, entre outros.
Houve um aumento do rendimento médio da população no Pará, que subiu de R$ 2.155,00 para R$ 2.202,00, observado nesse período com uma melhora na distribuição de renda e redução da desigualdade social no Estado, que acompanha a melhoria na qualidade de vida também observada em nível nacional. “O aumento da proporção de domicílios beneficiários de bolsa família, BPC-LOAS e outros programas sociais foi um fator que contribuiu para a melhora na distribuição da renda”, afirma o IBGE.
A pesquisa fez comparações entre o rendimento domiciliar per capita dos domicílios beneficiários dos programas e aqueles que não recebiam os benefícios. Na comparação com dados da mesma pesquisa divulgados em 2019 (durante o governo de Jair Bolsonaro), houve aumento expressivo de +51,6% nos dois primeiros anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Considerando os dados nacionais, entre 2023 e 2024, o aumento do rendimento médio de trabalho foi o principal responsável pela elevação da renda. Já no Pará, contribuíram para o crescimento da renda familiar, além do salário dos trabalhadores, outras fontes tais como aluguéis, pensões, entre outros, que desempenharam um papel relevante no aumento do rendimento do paraense.
A pesquisa também apontou que 66,1% da população residente no Brasil — o equivalente a 143,4 milhões de pessoas — possuía algum tipo de rendimento na data da pesquisa. A região Norte segue com o menor percentual entre as grandes regiões, com 59,5% da população (11,4 milhões de pessoas) com rendimentos.
No Pará, o percentual é um pouco superior à média regional, alcançando 60,2%, o que representa cerca de 5,4 milhões de pessoas com algum tipo de rendimento no Estado. Em todas as grandes regiões, com exceção do Centro Oeste, ocorreu um aumento do total de pessoas residentes que possuíam algum tipo de rendimento, entre 2023 e 2024. Na comparação com o ano de 2019, todas as grandes regiões apresentaram aumento.
Em 2024, o rendimento habitualmente recebido pelos brasileiros, considerando todas as fontes de renda, resultou em uma massa de rendimento mensal de R$ 328,6 bilhões no país, o maior valor da série histórica da PNAD Contínua. Esse valor representa um crescimento real de 6,5% em relação a 2023 (R$ 308,5 bilhões) e 15,9% frente a 2019 (R$ 283,5 bilhões).
Os dados para o Pará mostram resultado semelhante, onde a massa de rendimento de trabalho registrou seu maior valor da série histórica. Entre 2023 e 2024 cresceu 2%, enquanto entre 2019 e 2024 o crescimento foi 74%.